18.9.10

Hoje quero criar algo meu, chega de copy & paste.
Ultimamente sinto as minhas palavras gastas. Não sei mais do que falar e muito menos sobre o que escrever.
Não levanto a cabeça, e não deixo de dirigir o meu olhar para o chão porque não sei o que tenho para a frente.
Sinto que tudo me escapa entre os dedos, que deixei de ser idiota e muito menos original.
Não sei o que vestir, o que calçar e do modo que vou usar o cabelo a cada dia que passa. De qualquer maneira os dias são melhores, têm sido melhores sem ti.

9.9.10

«A Idade de Ser Feliz»

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
autor desconhecido

2.9.10

Hoje não sou eu, não sei quem sou e muito menos quero saber.
Escondi-me num canto, meti-me dentro de uma caixa. Não vejo nenhuma luz brilhante na minha direcção e ando por aí, na noite ou no dia.
Não sou aquilo que sempre quis ser, não sou grande e não tenho pés de bailarina e muito menos mãos de escritora. Não tenho voz para cantar e vejo tudo a preto e branco. As únicas coisas que tenho são as lembranças e os sonhos. Tenho aquilo que me deste e tenho ainda um pouco daquilo que sempre tentas-te esconder, mas existem pessoas transparentes sabes ?
Tenho saudades de ti, da relva onde nos sentámos tanta vez em tardes que provavelmente só eu queria que não acabassem, de todos os sítios onde estivemos e deixámos uma marca de nós, daquele nós que nunca chegou a ser completo, apenas foi eu e tu e mais nada. Não conseguimos ter vontade própria para tudo o que queríamos dizer, não nos conseguimos olhar uma última vez nos olhos porque os fechámos para nos beijarmos, entre tantas outras coisas que não conseguimos não por sermos inúteis mas sim por sermos como um livro que já trás defeitos, sendo assim é impossível de reparar, tem páginas soltas ou talvez coladas. A tinta está toda borrada e é impossível de ler, nós somos assim. Ninguém dá uma chance para esse livro se refazer tal como nós não fizemos com nós próprios. As nossas mãos não se tocam à mais de um mês, tu já não te lembras do cheiro do meu perfume ou dos meus toques quando estava do teu lado, esqueces-te o nosso último beijo e esqueces-te a nossa última noite juntos em que quase choras-te. Não sei do que sinto por ti, provavelmente está fechado na mesma caixa em que eu estou hoje. Não sai cá para fora nem sequer tenta simplesmente porque se esqueceu do bom que era...
Tu sabes, eu sei...
Tu sabes que te queria de volta, eu sei que gostava de te ter dito o que sentia
Tu sabes que sinto a tua falta, eu sei que as sinto nuns dias mais que outros
Eu sei que tenho momentos em que me agarro mais a tudo e tento pensar naquilo que não vejo, naquilo que perdi, naquilo que não me contaram e que sobretudo tu deixas-te como uma história sem fim.
Tu sabes tudo e eu não sei nada. Sabes o que está para além daqui e eu só sinto um vazio. Aquele vazio de não...de não nada, não se descreve e não se volta a ver ou a ter...
Desculpa.